Educador social
Embora haja uma discussão acalorada a respeito da práxis do Educador Social com a do Pedagogo a experiência, com os dois profissionais mostra aproximações e distanciamentos.
A formação do Educador Social tem origem em Portugal e é relativamente recente como habilitação superior. No final dos anos 80, algumas escolas começaram a ministrar a formação superior de bacharelado do Educador Social.
A década de 90 conhece os primeiros Educadores sociais com habilitação superior que avançam para o mercado de trabalho com uma necessidade enorme de se darem a conhecer e de demonstrar a validade e as vantagens da sua intervenção. Hoje em dia é uma licenciatura, ministrada em mais de uma dezena de Universidades e Escolas Politécnicas. No Brasil, desde 2009 tramita um Projeto de Lei de Nº 5.346/2009 que busca a validade institucional da profissão e, atualmente encontra-se sob a responsabilidade da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania aguardando apreciação e parecer desta.
O Educador social estabelece-se, intervindo com as mais diversas faixas etárias (crianças, jovens, adultos, idosos) e nos mais diferentes contextos sociais, culturais, educativos e econômicos situados fora dos âmbitos escolares, que envolvem: pessoas e
comunidades em situação de risco e/ou vulnerabilidade social, violência e
exploração física e psicológica; preservação cultural e promoção de povos e
comunidades remanescentes e tradicionais; os segmentos sociais prejudicados
pela exclusão social: mulheres, crianças, adolescentes, negros, indígenas e
homossexuais; a realização de atividades sócio educativas, em regime fechado,
semiliberdade e meio aberto, para adolescentes e jovens envolvidos em atos
infracionais; a realização de programas e projetos educativos destinados a
população carcerária; as pessoas portadoras de necessidades especiais; o
enfrentamento à dependência de drogas; as atividades sócio educativas para
terceira idade; a promoção da educação ambiental.
Todavia o Educador Social não trabalha só com indivíduos em situação de vulnerabilidade, mas também com pessoas, independentemente da etapa de vida em que se encontram, e estejam ou não em situação de vulnerabilidade social. A multiplicidade de experiências profissionais acumuladas pelos profissionais da Educação Social, as quais constituem na realidade, a grande riqueza desta profissão.
O Educador Social, enfim, estabelece uma relação de proximidade que permite valorizar a importância de cada situação de forma particular, porque vai precisar olhar o indivíduo om a qual atua na sua integralidade.